quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Lições em Sentenças


Não escrevi estas frases. Mas é a simplificação de muita experiência de vida em poucas sentenças e não pude deixar de registrá-las.

Foi escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, que assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio.

"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi  lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."

1. A vida não é justa, mas ainda assim é boa.

2. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

3. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente.  Seus amigos e familiares cuidarão, portanto, mantenha contato.

4. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

5. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

6. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

7. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

8. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

9. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do  que é a jornada deles.

10. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria  entrar nele.

11. Respire fundo. Isso acalma a mente.

12.  Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

13. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

14. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda  vez é por sua conta e de ninguém mais.

15. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não  guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

16. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir  roxo.

17. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

18. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente  você.

19. Enquadre todos os assim chamados "desastres" nesta frase:  Em cinco anos, isto importará?

20. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

21. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo...

22. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

23. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

24. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos  os lugares.

25. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa

26. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e  apareça.

27. Produza!

28. A vida não vem amarrada com um laço, mas  é o teu maior presente.

Fiz sua Kabalá!

Não há leitores neste blog. Pelo menos ainda não. Mesmo assim, peço desculpas aos ausentes por também ter sido ausente durante tanto tempo.

Nasceu minha LINDA Libbi (“meu coração”, em hebraico...é, eu sei, nome diferente, mas era o nome da Libby, par romântico de Hugo na série Lost...seu nome era abreviação de Elizabeth Smith...rsrsrsrs), e ser pai de primeira viagem não é fácil.

Mas vou tentar voltar a escrever aos pouquinhos....

Hoje apenas gostaria de contar um fato curioso que me aconteceu há algumas semanas atrás no trabalho:

- Alguém já leu a sua Kala? – andar com a kipá na cabeça sugere ser alvo de comentários deste tipo...

- Não, por quê? – Respondi.

- É porque tenho um amigo que sabe ler. Ele leu a minha Kala hoje...

- Ah, é? Legal. Eu também sei ler Kaba, sabia? Posso ler a sua agora?

- Sério??? Claro!!!!

- Você está tendo um dia difícil hoje, precisa aprender a controlar sua ansiedade. No amor, tome cuidado com as decepções, mas fique atenta, pois o príncipe encantado pode estar debaixo do seu nariz! Na saúde, cuide-se um pouco mais e diminua os refrigerantes.

Acho que a pessoa entendeu o recado.

Na geração Steve Jobs (que sua alma descanse em paz), com todas as informações chegando às nossas mãos através de toques sutis, precisamos ficar muito mais atentos ao que lemos e acreditamos.

Ignorar 40 anos de estudo profundo da sabedoria divina e outras variáveis triviais ao entendimento correto da Kabanão me parece sensato, mas não é negligência, é falta de informação na geração da informação.

Repetindo o ditado talmúdico escrito em aramaico: “Tafasta Meruba, Lo Tafasta” – contextualizando – MUITA INFORMAÇÃO, É POUCA INFORMAÇÃO.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Stanley, Hanavih – Stanley, O Profeta

Recentemente li, no Calcalist, que o Presidente do Banco Central de Israel, Fisher Stanley, anunciou que estão separados robustos NIS 650 mil (usd 180.200) para aquisição de um novo modelo estatístico-probabilístico contra falências de empresas.

O Departamento de Pesquisa do Banco Central, em conjunto com o de Supervisão Bancária e de Mercados, decidiu se antecipar a uma possível crise e utilizar o banco de dados oferecido pela empresa britânica Moody´s Analytics, subsidiária da famosa empresa de rating Moody´s.

A Moody´s Analytics atua em 26 países, e dentre seus clientes estão grandes bancos comerciais, seguradoras, e até mesmo governos, como o Banco Central da União Européia. Estamos falando de um banco de dados de dezenas de milhares de empresas em todo o mundo, com histórico de 10 anos retroativos, e pesquisas a respeito de 8.000 empresas que passaram por processos de falência.

No caso de Israel, estão cobertas 500 empresas locais e outras diversas que possuem relações comerciais com o país.

O contrato é de três anos. Disponibilizam-se NIS 216.000 no 1º ano, e o mesmo poderá ser renovado por mais dois anos subseqüentes.

O orçamento destinado a este modelo demonstra a real preocupação do Banco Central de Israel com uma forte crise econômica. Stanley parece estar com o dedo no gatilho para se prevenir contra os riscos de mercado. Não é a toa que em julho deste ano se candidatou para a Diretoria do FMI em substituição a Strauss – o cara é bom mesmo.

Há dois anos e meio, numa conferência de divulgação do Relatório Anual do Banco Central, Stanley disse: “A quebra de um grande magnata, ou de até mesmo dois, é questão de tempo.”. Em seguida, questionado por repórteres a respeito de quais magnatas se referia, Fisher ignorou. Dois meses depois, todos tomaram conhecimento dos graves problemas que Lev Leviev enfrentou.

Para quem não sabe, Lev Avnerovich Leviev possui um patrimônio líquido estimado de cerca de USD 1,5 bilhões de dólares (já pós-crise 2008) e é um dos maiores filantropos judeus do mundo. Chabadnik ortodoxo, inclusive.

Nasceu no Uzbequistão e em 1971 fez Aliah. Atualmente mora em Londres.

Leviev é muito conhecido por ser gigante no ramo de diamantes, além de causar grandes polêmicas por estar ligado a incorporações localizadas em assentamentos judaicos.

Sua empresa, Israel-Africa, precisou de ajuda judicial para renegociar NIS 21 bilhões em dívidas. Além disso, Leviev possuía muitos investimentos em real estate, e os viu desaparecer na crise subprime.

Será que Stanley profetizou?

Ele já sabia de algo?

Parece que sim.

Dessa vez, Stanley parece não estar mais confiando em seus poderes proféticos, e apelou para outra bola de cristal, mesmo que tenha que gastar gordos NIS 650 mil no brinquedo.

domingo, 4 de setembro de 2011

Ser Feliz ou Ser Produtivo?


Estou justo terminando de ler a obra prima do economista Eduardo Giannetti, “O Valor do Amanhã”. Quase um clássico como Harry Potter.... Impressionante!

No capítulo onde fala sobre hipermetropia, ou seja, a característica humana de superestimar o futuro em relação ao presente, fazendo referência às pessoas que de forma desproporcional se preocupam com o futuro e passam anos acumulando riquezas ou possuindo hábitos saudáveis em excesso.

Giannetti argumenta que estas pessoas freqüentemente sofrem de infelicidade, pois se esquecem de desfrutar da vida. A preocupação com o “amanhã”, apesar de ser importante em nosso planejamento de vida, por si só não nos traz o deleite e às vezes até nos causa muito stress.

Teoricamente, os denominados “religiosos” também “pecam” neste freqüente erro ao dar tamanha importância ao mundo vindouro (Giannetti cita inclusive, neste trecho, os ortodoxos). Os religiosos possuem um alto grau de hipermetropia, e esquecem de desfrutar da vida material, além da constante preocupação com eventuais castigos e julgamentos do futuro.

Confesso ter ficado um pouco perplexo, sendo um judeu ortodoxo, em como responder a esse argumento. Mesmo tendo a fé nos robustos juros que estarão, se D´s quiser, a minha espera no Olam Abá (mundo vindouro), será que não estou comprometendo demais minha felicidade ao ter esta constante preocupação a cada passo dado?

Até que a resposta me veio, através de um pequeno, mas sábio discurso que escutei na Sinagoga, por coincidência no mesmo Shabat em que lia Giannette. O discurso abordava a famosa história em que sábios do Talmud discutiam a respeito da frase mais importante de toda a Torá, e dentre frases importantes como “Shemah Israel” ou “Amarás o próximo como a ti mesmo” a escolhida é a que cita o Korban Tamid. “Korban Tamid” era um sacrifício feito à época do Templo Sagrado de Jerusalém, trazido todos os dias, sem exceção, durante todo o ano.

O que nossos sábios quiseram ensinar ao escolher justo este versículo dentre diversas frases categóricas da Torá é a importância da “constância”, característica intrínseca ao sacrifício “Tamid” – que significa “sempre” em hebraico.

A sabedoria judaica cada vez me deixa mais boquiaberto.

A constância é o segredo da vida, e isso nossos sabidos já alertaram há mais de 2000 anos.

Explico: alguém que não possui o maravilhoso costume de ler, certamente, ao pegar um livro, será tomado por um pesar no lugar de gozo. Já aquele que praticou a leitura, com esforço e constância, conhecerá o deleite que é ler um livro.

Diferente do que argumenta Giannette, estar constantemente preocupado em ser produtivo e previdente não é necessariamente sinônimo de tristeza ou stress. Se esta “constância” lhe deixa triste, pesado ou estressado, é porque ainda não foi constante o suficiente.

Além disso, o Judaísmo ensina que, mesmo naqueles momentos de puro prazer, como uma refeição festiva, ou uma partida de futebol, devemos aproveitá-los como um instante produtivo, de serviço à D´s. Isso é feito através de segundos de reflexão.

Não há como resistir à hipermetropia se olharmos o infinito e comparamos com os nossos míseros 120 anos de vida.

Aproveite cada segundo de sua vida. Seja produtivo. Mas faça com que cada segundo de sua vida também seja feliz.

Mas este segredo só descobre quem insiste. Você já tentou?

Como ganhar dinheiro rápido, fácil e seguro?


Um conhecido - não importa quem, mas a história é verídica, “eu juros!” – ganhou 50% na Bolsa em apenas um dia. Papel: BEES3, ON, Banco do Espírito Santo.

No dia 15/08 saiu um fato relevante da empresa, referente a uma reestruturação societária da mesma e de suas subsidiárias, visando a diminuição de custas com pequenos investidores e o aumento de liquidez do papel.

O papel subiu mais de 50%, num único dia. Zero de racional por trás deste movimento, tanto que no dia seguinte o papel voltou a patamares razoáveis. Alguém levantou o papel. Provavelmente a CVM investigará o caso.

Sorte? Nunca saberemos ao certo.

Este meu conhecido, dias antes, decidiu doar uma boa quantia de dinheiro para uma boa causa. Esta quantia era aproximadamente 2/3 do que ele ganhou na bolsa, dias depois.

- A Torá promete retorno de 100% sobre o dinheiro aplicado em tzedaká (justiça, ou popularmente conhecido como “contribuições/donativos”). – diz o rapaz, feliz da vida com o dinheiro já no bolso – Acumulei 50% sobre o valor investido. D´s deverá me enviar mais 50% em breve, não estou com pressa...acho até que ele manda depois já corrigido pelo CDI.

Você pode ser cético, ok. Não me importo.

Mas do jeito que a Bolsa vai mal, talvez seja uma boa estratégia acreditar... Olha que maravilha: o rendimento do dinheiro de tzedaká é livre de impostos e risk free

domingo, 14 de agosto de 2011

É sério, eu Juros!




Olá!


Este é meu primeiro texto num blog.

Espero que goste logo, sem que eu tenha que esperar muito tempo. Sabe como é né? Tempo é dinheiro, dinheiro paga juros, e os juros aumentam ainda mais seu dinheiro. Você terá mais dinheiro, que por sua vez pagará mais juros ainda, e essa história de juros funciona desta forma há milênios... Acredita nisso?

É sério. Eu juros...
                           
Uauu! Surge a idéia de título perfeito para este texto.

É sério. Eu juros.

Não está acreditando? Foi assim mesmo que surgiu a idéia.

Mas vamos ao que gostaria de falar: Qual a real vantagem em utilizarmos nossos míseros 70, 80 ou com sorte 120 anos, acumulando riquezas e patrimônio?

Copiemos a técnica matemática de Descartes, que em seu livro “O discurso do Método” procura descobrir a origem do universo dentre outras questões filosóficas através da lógica matemática, que segundo ele, é infalível para chegarmos à verdade. Vejamos se é infalível mesmo...

Imagine um mundo em que só exista um prazer na vida: comer chocolate. Este prazer proporciona uma utilidade (termo econômico que descreve o benefício/prazer atribuído a alguma percepção sensorial ou sentimento) de 05 pontos. Os habitantes deste planeta passam todos os dias da semana trabalhando arduamente, para conseguir juntar 10 unidades monetárias (ou R$10, por exemplo), preço de uma barra de chocolate, para desfrutá-la nos finais de semana. Simples assim: come-se um chocolate, tem-se um prazer mensurável, equivalente a 05 pontos.

Os habitantes deste planeta são bem metódicos. A cada sensação de prazer anotam em suas planilhas os 05 pontos vivenciados. Quanto mais pontos, melhor.

Considere também que a sensação de não ter o chocolate aos finais de semana faz com que as pessoas percam 05 pontos de utilidade. Ou seja, não comer o chocolate não significa somente ficar sem os 05 pontos, como também a perda de 05 pontos acumulados anteriormente.

É sexta-feira. Um belo dia. Ploini (nome em hebraico equivalente ao “famoso” fulano) está passeando pela rua após uma difícil semana de trabalho, e está feliz, pois acaba de comprar seu chocolate de final de semana, e sabe que terá em breve uma utilidade/prazer de 05 pontos.

De repente, encontra um rapaz, no meio da rua, aos prantos:

- O que houve meu amigo? Por que está chorando tanto?
- Fiquei gripado durante toda a semana, por isso não trabalhei. E estou sem chocolate para o domingo! Não sei o que fazer.

É nesse momento que surge algo que mudaria a história deste planeta:

- Tome, fique com o meu chocolate, pare de chorar.

Ao chegar a sua casa, Ploini, ainda perplexo, corre para sua planilha de anotações, para subtrair os 05 pontos de utilidade que acabara de perder.

Mas, por incrível que pareça, diferente do que sempre sente ao subtrair pontos de sua planilha, em situações de ausência de chocolate, esta sensação é nova. Ao invés de desprazer, Ploini sente deleite. Muito deleite. O que seria aquilo?

Ploini ainda não sabe exatamente o que é, mas após digitar os 05 pontos perdidos, soma 10 novos pontos na sua planilha.

É... meu amigo Descartes...

X – 05 = X + 10, isso é possível?

Na nossa história é. Eu Juros.